AMAMS DEFENDE RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS RURAIS; PLANO SAFRA 2023/2024 FOI APRESENTADO EM ENCONTRO COM GESTORES MUNICIPAIS
Cerca de 200 pessoas estiveram durante a manhã dessa quarta-feira, 23/08, no auditório da Associação dos Municípios da Área Mineira da SUDENE (AMAMS), em Montes Claros, para participar de uma reunião que discutiu o Plano Safra Agricultura Familiar 2023 e Linhas de Crédito, em evento com prefeitos e secretários municipais do setor agrícola. As palestras proferidas pela Superintendência do Banco do Nordeste (BNB), representada pelo superintendente nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, Wesley Gonçalves Maciel, Evacir Oliveira Júnior e Frederico Soares Oliveira, sobre linhas de crédito e renegociação das dívidas rurais, foram atentamente ouvidas pelo público.
“Enalteço a parceria com a Amams e parabenizo as instituições envolvidas neste encontro. Ressalto que o trabalho do Banco do Nordeste é beneficiar a quem mais precisa. É fato que estamos atravessando uma seca que se arrasta nos últimos 10 anos, situação que afeta os projetos dos produtores rurais. O BNB atua como um facilitador de acesso ao crédito, especialmente para os micros e pequenos empreendedores. O Plano Safra 2023/2024 terá investimentos de R$ 8,5 bilhões para as operações do Banco do Nordeste (BNB). Além desses recursos, outros R$ 11,5 serão para a agricultura empresarial atendida pelo Banco. Quanto a renegociação de dívidas, o banco vai analisar cada caso individualmente, conforme a legislação vigente”, disse o superintendente.
O representante da CONAB, Benedito Souza e Sarah Melo, secretária executiva do Núcleo do Pequi, agradeceram a parceria com a Amams e solicitaram empenho dos prefeitos na emissão de notas fiscais dos produtos extrativistas comercializados na região como o pequi, baru, mel, flores sempre-vivas, buriti e outros frutos do serrado, produtos da sociobiodiversidade comercializados na região, para impactar diretamente nas receitas dos municípios.
Os técnicos da EMATER, Astolfo Caetano, Engenheiro Agrônomo Coordenador Regional de Bovinocultura e Crédito Rural e José Carlos Dias Santos, falaram das perdas por falta de água na região que chegam a R$ 1,8 bilhão, conforme relatório agrocrimatológico. Os técnicos também informaram que a média regional do volume de água do ano agrícola 2022/2023 foi de 821,76 mm. Isso mostra que a precipitação continua abaixo da média histórica dos últimos 13 anos e que a safra 2023/2024 será afetada com a falta de chuvas por causa dos efeitos das mudanças climáticas.