AMAMS recebe evento para discutir soluções para crise hídrica e propõe criação da Bancada Norte Mineira da Câmara dos Deputados

| 22 de Novembro de 2017 - 10:29

A criação da Bancada da área mineira da Sudene, para sair em defesa dos interesses dessa região na Câmara dos Deputados foi proposta pelo presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene - AMAMS,  José Reis, prefeito de Bonito de Minas, durante a Mobilização pela Revitalização dos Recursos Hídricos, realizada na noite de segunda-feira em Montes Claros, organizada pela Maçonaria com as presenças de vária entidades de classe e 12 deputados, sendo sete federais e cinco estaduais. A AMAMS foi uma das signatárias dessa Carta, juntamente com as principais entidades do Norte de Minas. Na sua exposição, José Reis enfatizou que o movimento ocorre em momento crucial, pois a região está bastante castigada pelos impactos da seca que já dura mais de sete anos. Ele lembra que abraçou a campanha desde o primeiro momento e disponibilizou a estrutura da AMAMS para o evento, por acreditar que serão obtidos bons resultados desta reunião, não ficando apenas em pedidos. José Reis salientou que a revitalização hídrica transformará esse grande sertão de Guimarães Rosa, que vem sendo castigado pela crise hídrica. Na sua concepção, é possível criar a Bancada da Área Mineira da Sudene no Congresso Nacional, já que existem as Bancadas da Bala, Sul e Nordeste do Brasil. Nesse aspecto, salientou que foi realizada a renegociação das dívidas rurais para todo o Nordeste brasileiro e deixou o Norte de Minas de fora. Somente com a articulação da AMAMS e da classe rural, através da Associação dos Sindicatos Rurais e Sociedade Rural, se reverteu a situação. O prazo para renegociar termina no dia 31 de dezembro e existe a necessidade de prorrogar mais uma vez. Também lembrou que tentaram retirar 50 municípios do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha do semiárido, mas com a articulação da AMAMS em parceria com o Estado, impediu que isso ocorresse na reunião do Conselho Deliberativo da Sudene. A defesa dos interesses do Norte de Minas, segundo José Reis, foi enfatizada quando a AMAMS abriu a conversa com o Estado para pagar o resíduo do Fundef aos municípios da região, nos mesmos moldes do que ocorreu no Nordeste e por isso, a negociação com a Advocacia Geral da União. Ele também destacou que é preciso fortalecer o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca - DNOCS em Minas Gerais como foi em décadas passadas, pois o órgão é forte no Nordeste. O mesmo pleito foi feito junto a Codevasf, que passou a envolver o Tocantins e Goiás, em detrimento do Vale do São Francisco em Minas Gerais.   Montes Claros, 21 de Novembro de 2017