AMAMS sedia 1º Fórum de Desenvolvimento da Área Mineira da Sudene
A abertura do 1º Fórum de Desenvolvimento da Área Mineira da Sudene aconteceu nesta última terça (05/06) na Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene – AMAMS, e contou com a participação de acadêmicos, empresários, políticos e entidades de classe. O evento aconteceu graças a mobilização de diversas entidades e tem por finalidade a criação de pautas e projetos voltados para o desenvolvimento regional.
Na abertura dos trabalhos, o presidente da AMAMS, Marcelo Felix, prefeito de Januária, salientou a importância da realização desse evento, pois a região está carente de novos investimentos e recursos e com esse fórum, estará se preparando e se organizando para receber os projetos e recursos. O secretário estadual de Ciências e Tecnologia, Vinicius Rezende salientou que o Estado tem estimulado a Economia Criativa, a partir da inovação e o empreendedorismo. Lembra que os jovens estão mudando, pois desistiram dos concursos públicos para serem inovadores, como em startups.
Ainda na abertura, o novo superintendente da Sudene, Antônio Magalhães Ribeiro, recebeu o apelo mais uma vez do Norte de Minas para que seja recriado o Escritório da Autarquia em Minas Gerais e mais especificamente em Montes Claros, como forma de buscar investidores interessados na área mineira da Sudene e também evitar a evasão desses empresários para outras áreas. O membro do Conselho Deliberativo da Sudene e Secretário Executivo da AMAMS, Ronaldo Mota Dias e o professor Marcos Fábio Martins de Oliveira, da Unimontes, fizeram a cobrança que foi reforçada pelos deputados da região.
O novo superintendente da Sudene, Antônio Magalhães Ribeiro salientou sua preocupação com o contingenciamento dos recursos, por causa da crise financeira e por isso, nesse período que responde pela autarquia, estabeleceu novas diretrizes, como dar ênfase no Plano de Desenvolvimento do Nordeste, para identificar o que poderá ser feito pelos próximos 30 anos. Pediu que os acadêmicos das instituições de ensino superior ajudem nesse trabalho. Lembrou também que a Sudene identificou iniciativas de energia solar e eólica.
O professor Marcos Fábio Martins de Oliveira, um dos coordenadores do fórum, lamentou que a Sudene tem aplicado recursos no projeto do Vale do Jequitinhonha e deixado o Norte de Minas de fora. Salientou que esse fórum surge com a função de evitar superposição de diagnósticos e projetos e que as prateleiras publicas estão cheias desses projetos, quando a população espera da Sudene e do Estado, ações. Nesse sentido, ele lembrou que a área mineira da Sudene não pode ser considerada problema e que Minas Gerais precisa apresentar projetos para o desenvolvimento dessa parte do Estado, fortalecendo a Sedinor e o Idene.
O conselheiro da Sudene e Secretário Executivo da AMAMS, Ronaldo Mota destacou o importante papel do ex-presidente da AMAMS, José Reis, para a reaproximação da autarquia com a região mineira da Sudene e a permanência da AMAMS no CONDEL (Conselho Deliberativo da Sudene). Ainda em sua fala, Ronaldo salientou que a área mineira da Sudene não é pobre, mas sim desassistida e isso por causa da falta de força política, o que justifica formar uma bancada política forte. O superintendente estadual do Banco do Nordeste, João Nilton de Castro reforçou que é preciso sair para as ações, pois existem muitos diagnósticos para a área mineira da Sudene e todos sabem quais são suas demandas. Cobrou entrosamento do Norte de Minas com os Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
Os deputados Carlos Pimenta e Gil Pereira dirigiram suas palavras no mesmo sentido. O primeiro falou que o Espírito Santo tem apenas 21 municípios na área da Sudene, mas recebeu mais recursos dos que os 168 municípios mineiros. O deputado Gil Pereira enfatizou que a área mineira equivale a quatro Estados do Nordeste e que as potencialidades da energia solar são grandes, com as startups.