CONSELHEIROS TUTELARES DEBATEM AUMENTO DE VIOLÊNCIA NO PERÍODO DE CORONAVÍRUS

| 10 de Junho de 2020 - 08:00

Os Conselheiros Tutelares do Norte de Minas participaram ontem da capacitação realizada através de videoconferência, quando discutiram o aumento da violência contra criança e adolescentes na região, por causa do isolamento social provocado pela Pandemia Coronavirus. Essa etapa de Formação Continuada para Conselheiros Tutelares do Norte de Minas foi realizada através de videoconferência, pela primeira vez desde o ano de 2015, por causa das restrições impostas pela Pandemia Coronavirus.

É uma realização da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS), Ministério Público, através da Coordendoria Regional da Infância e Juventude, Unimontes, através do Núcleo de Pesquisa do Serviço Social  e o Fórum Mineiro de Conselheiros Tutelares.

            Na abertura, o promotor Daniel Librelon Pimenta salientou  que neste novo momento de pandemia todos precisam fazer inovações e está modalidade auxilia neste processo e momento. Ele lembrou que está feliz em poder contribuir e dar continuidade ao processo de formação, ainda mais que aborda a importância de atendimento para a proteção efetiva dos direitos da criança e adolescentes. A coordenadora do Departamento de Politicas Sociais da AMAMS, Laila Tatiane citou que a organização não governamental (ONG) World Vision estima que até 85 milhões de crianças e adolescentes, entre 2 e 17 anos, poderão se somar às vítimas de violência física, emocional e sexual no planeta por causa do isolamento e esse número representa um aumento que pode variar de 20% a 32% da média anual das estatísticas oficiais.

            Abordou ainda sobre a nova metodologia de trabalho vinculado e atuação, que neste momento é preciso inovar pautando assim em intervenções que possam minimizar os tipos de violência, e garantir a proteção e garantia de direito de criança e adolescente. Falou sobre está nova modalidade de atendimento e que os suportes estão sendo ofertado para garantir a qualificação destes profissionais.  A professora Fabíola Franciele, da Unimontes, apontou na suas discussões sobre o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes e os riscos ocasionados neste cenários violentos.

Ela apontou sobre o que preconiza o Estatuto da Criança e Adolescente e as leis específicas voltadas a proteção integral de crianças e adolescentes em virtude das violações de direitos, onde este público é submetido a cenários violentos e os prejuízos quanto aí desenvolvimento saudável. Apontou alguns dados e registros vinculados aos índices de violência praticados contra este público no país e informou os dados do relatório do Disque 100 com informações referente ao ano de 2019, e onde ocorre tais violências sendo apontando como maior índice nas residências das vítimas com um percentual de 52% dos casos.

Lucas Arruda, do Forum Mineiro dos Conselheiros Tutelares enfatizou a atuação do conselho tutelar respaldado nas suas atribuições apontando o fluxo de trabalho e a importância do processo da rede nas intervenções especificas. Tirou as dúvidas dos profissionais que estavam presente na sala em relação a atuação.