RECEITA FEDERAL APONTA NA AMAMS TERMINAL DE CARGAS COMO MELHOR OPÇÃO DE RECINTO ADUANEIRO

| 22 de Outubro de 2025 - 10:37

O delegado da Alfândega da Receita Federal em Belo Horizonte, Flávio Machado Coelho, apresentou nesta terça-feira (21), no auditório da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS), em Montes Claros, quatro modelos de recinto aduaneiro que podem ser implantados no Norte de Minas. O encontro reuniu representantes de entidades de classe, lideranças políticas e empresariais, em um ambiente marcado pelo discurso de união em torno da proposta.
 
Durante a abertura do evento, o presidente da AMAMS e prefeito de São João da Lagoa, Ronaldo Soares Mota Dias, destacou que a criação de um recinto aduaneiro “representa uma oportunidade concreta de desenvolvimento e integração econômica para todo o Norte de Minas”. Ele concluiu: “O desenvolvimento do Norte de Minas é uma missão de todos nós. A AMAMS está à disposição para apoiar e construir, junto com os municípios, cada iniciativa que promova crescimento, oportunidades e fortalecimento regional.”
 
 
Já o prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães, enfatizou o potencial logístico do município: “Montes Claros é um entroncamento estratégico, com crescimento acima da média desde 2024, e reúne as condições ideais para sediar esse importante equipamento de comércio exterior”, afirmou.
 
 
O delegado Flávio Machado Coelho destacou que a melhor alternativa para a região seria a implantação de um Terminal de Carga Aeroportuária (TECA), capaz de atender tanto operações de exportação quanto de importação. As outras opções apresentadas foram: o Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (REDEX), a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e o Porto Seco.
 
o delegado e auditor fiscal da Receita Federal, Flávio Machado Coelho, ainda ressaltou que Montes Claros é o único município do Norte de Minas que reúne as condições técnicas e estruturais necessárias para receber o empreendimento, por abrigar uma Delegacia da Receita Federal, o que viabiliza a lotação de servidores especializados no processo aduaneiro. Ele ressaltou que apenas o Norte e o Leste de Minas Gerais ainda não contam com um recinto aduaneiro, apesar do potencial econômico da região.
 
Flávio Machado Coelho finalizou sua apresentação na AMAMS com uma apresentação de dados que demonstram o peso da Área Mineira da Sudene no comércio exterior: 66 empresas exportaram R$ 9,8 bilhões e 173 empresas importaram R$ 3,1 bilhões, resultando em um saldo positivo para a região. O Norte de Minas responde por 3,36% das exportações e 1,56% das importações mineiras.